4 Curiosidades sobre defensivos agrícolas que você deveria saber
Os defensivos agrícolas são produtos químicos ou biológicos que fazem a proteção das culturas agrícolas. Garantindo a saúde das plantas, produtividade e eficiência agrícola.
Eles têm a função de defender ao ataque de seres vivos considerados prejudiciais ao ciclo de uma cultura, alguns tipos de pragas que eles controlam são os insetos, ácaros, fungos, nematóides e plantas daninhas.
Preparamos abaixo 4 curiosidades que você deveria saber sobre os defensivos agrícolas, confira.
1) O Brasil não é líder em consumo de defensivos agrícolas
Apesar de se ouvir muito que o Brasil é país é o maior consumidor de defensivos agrícolas no mundo, essa notícia não é verdadeira. Segundo um ranking da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) o Brasil aparece em 44º lugar sobre o uso de defensivos agrícolas. Ainda segundo a entidade, o consumo relativo no Brasil foi de 4,31 quilos de defensivos por hectare cultivados em 2016.
Os números são do sistema FAOSTAT e estão disponíveis nas referências desse conteúdo.
2) Os defensivos agrícolas não podem ser a única forma de controle das pragas
Assim como deveria ocorrer com qualquer outra técnica agrícola, os defensivos não podem ser a única forma de combate às pragas.
Uma das ferramentas para reduzir o uso dos defensivos nas plantações é o Manejo Integrado de Pragas (MIP). Que nada mais é do que uma reunião de técnicas com a finalidade de manter um controle mais eficiente das pragas que podem atacar uma plantação. Uma das etapas do MIP é o monitoramento, por meio dele é possível verificar se a praga atingiu o nível de ação de controle para, só então, proceder com a aplicação.
Segundo a Embrapa, essa técnica pode reduzir em até 50% o uso de defensivos nas propriedades agrícolas. Além de aumentar a produtividade e consequentemente o lucro, essa técnica ainda prejudica menos o meio ambiente e a saúde e segurança de toda a sua equipe.
3) Novo marco regulatório dos defensivos agrícolas pela Anvisa
No ano de 2019, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou um novo marco regulatório para a avaliação de risco de defensivos. Trazendo algumas mudanças no modo de classificar esses produtos.
A ideia foi seguir um padrão internacional de critérios para classificar os defensivos agrícolas. Apesar de ser mais restritivo, alguns produtos que eram considerados muito tóxicos poderão ter uma classificação mais branda.
Confira como são as 6 classificações do marco:
- Categoria 1: Produto Extremamente Tóxico – faixa vermelha.
- Categoria 2: Produto Altamente Tóxico – faixa vermelha.
- Categoria 3: Produto Moderadamente Tóxico – faixa amarela.
- Categoria 4: Produto Pouco Tóxico – faixa azul.
- Categoria 5: Produto Improvável de Causar Dano Agudo – faixa azul.
- Não Classificado – Produto Não Classificado – faixa verde.
4) Os preços dos alimentos seriam maiores sem os defensivos agrícolas
Com o crescimento crescente da população no mundo, a demanda de alimentos também segue o mesmo ritmo.
Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) estima-se que entre 20% a 40% da produção mundial de alimentos seja perdida todos os anos devido à ação de pragas. E esses percentuais já foram muito maiores no passado.
Agora imagine a demanda aumentando com o crescimento da população, e, sem os defensivos, teríamos uma menor oferta de alimentos, dessa forma, os preços seriam muito maiores.
Porém é importante lembrar que devemos seguir as recomendações para o uso, utilizando a quantidade correta e esperando o período de carência antes da colheita.
Conclusão
Os defensivos agrícolas são fundamentais para conseguirmos alimentar o mundo todo, ao mesmo tempo, é necessário cautela e rigor no uso, garantindo saúde e segurança da fazenda à mesa.
Referências:
FAOSTAT - Pesquisa de consumo de agrotóxicos.
Novo marco regulatório dos agrotóxicos - Anvisa
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