Quem cultiva soja, planta milho?
Otimizando a produção e gerando resultados significativos para o agronegócio, a rotação das culturas de soja e milho beneficiam muitos produtores pelo Brasil. Especialistas afirmam que a ausência da elaboração de um sistema de rotatividade de culturas pode prejudicar o solo em diversos aspectos e acarretar alterações físicas, químicas e biológicas que podem gerar o comprometimento do sistema de produção.
Benefícios para o solo e a safra
Por se tratar de dois produtos amplamente utilizados em escala mundial, a cultura de soja e milho são feitas em extensas áreas do território nacional, portanto, é fundamental manter a qualidade do solo para garantir boas safras. Nesse aspecto, a rotação da cultura de soja e milho beneficia o solo e consequentemente a produção. Por estimular a diversidade biológica e absorver a umidade, a cultura do milho evita a perda de nutrientes no solo, especialmente em época de chuvas fortes.
A palha do milho é rica em potássio, favorecendo exponencialmente a cultura da soja, sendo geralmente feita com o mínimo de revolvimento do solo. Outro benefício é que o milho, se bem cultivado, pode evitar a erosão do solo, além de se adaptar facilmente às variações geográficas e climáticas. Em relação aos benefícios biológicos da rotação de culturas, podemos mencionar o favorecimento na formação de micro-organismos que desempenham papéis importantes como: a ciclagem e reciclagem de nutrientes, a decomposição de matéria orgânica e a fixação de nitrogênio no solo.
Segundo dados da Embrapa, a soja plantada depois de uma safra de milho, garante 9% de aumento na produção total. Em relação ao milho, ao comparar com o plantio contínuo, o aumento varia entre 5 e 15%. Tais resultados podem ser observados logo após o plantio, e se estendem ao segundo ano do plantio da soja, após a rotação. Para quem tem a soja como produto principal, o recomendado é que se introduza a cultura de milho a cada três anos na rotação, segundo especialistas.
Duas culturas, um só maquinário
Tratores, semeadoras, colheitadeiras e pulverizadores, além de ter um papel fundamental na cultura de soja e milho, podem beneficiar a qualidade dos grãos de ambas.
Outra vantagem em relação à rotação de culturas de soja e milho é justamente a utilização do mesmo maquinário para preparo, cultivo e colheita. Grandes safras intercaladas demandam a utilização de máquinas agrícolas apropriadas e nesse quesito, um esquema de rotação configura uma grande vantagem para o produtor, visto demandar menos investimento em máquinas e operadores, visto que a janela - desde o plantio até a colheita - se difere, possibilitando melhor o aproveitamento do tempo e seu planejamento.
E, para concluir, caso haja algum contratempo na produção de uma delas, tem a segunda cultura, evitando, dessa forma, prejuízos financeiros.
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